Monday 29 June 2009

Diáspora Portuguesa #2 - Baralho de Bolso



















Uma moça no trabalho, após encontrar um baralho de cartas dos que tem tipas de mamocas protuberantes ao léu e com o pipi encostado ao naipe, disse:
- Vou levar isto para casa para o meu homem, que é para ele bater punhetas enquanto 'tou a trabalhar!

Thursday 25 June 2009

Uma Cadeira Em Estado Novo

























Foi no dia 25 de Abril de 1974 que bem mais de meia-dúzia de indivíduos fardados se lembraram de atirar flores, mais concretamente cravos, a uma multidão exaltante e desprevenida. Embora segundo a anterior descrição pareça que nos estejamos a referir reminiscentemente ao Arraial Pride ou ao modus operandi do Mascarado de Navegante da Lua, foi desta forma que se perpetrou em Portugal aquilo a que certas pessoas gostam de chamar revolução. Outras, contudo, gostam de chamar-lhe Horácio.

Não que isto tenha verdadeiramente algum sentido, mas acho que o fazem apenas pelo prazer sádico de confundir uma pessoa. Anos antes de Horácio (ou para os mais chegados 25 de Abril) sucedeu que o então chefe do Estado Novo caiu da cadeira. Tudo aconteceu sem espanto da opinião pública em geral, que sabia que Salazar era um forreta e naqueles anos todos teve sempre a mesma cadeira, uma merda feita de contraplacado comprada no Pagapouco. Salazar, diz-se, não recuperou deste episódio. Nem deste, nem dos últimos três mil e setenta e oito da novela Anjo Selvagem. Há quem diga que uma mãe de santo o fez reencarnar num utensílio de cozinha, mas não há ainda elementos que o comprovem.

Como é do conhecimento geral ou nem tanto, António Salazar (também conhecido por Tony Salazar, Toninho Salazar, Tóne Salazar, Tó, ou em casas de alterne, Vanda) teve uma infância difícil. Não só nasceu numa terra com o nome de Santa Comba Dão como também era aquele que ficava sempre mais tempo no meio quando jogava à rabia com os colegas. Vivia com a mãe e irmãs, que eram tão verdadeiramente repelentes que a possibilidade da prática de incesto se afigurava nula. Amigos de infância revelaram que António era um garoto de jogar muito ao peão, jogo esse que consistia em atravessar a estrada feito parvo só para ver se se era atropelado por uma carroça.

Essa brincadeira acabou por dar para o torto, e acabou por ir estudar Direito em Coimbra. Haviam dois colegas na turma de Direito do antigo líder português que partilhavam o prazer sádico de lhe dirigir a palavra, e que mais tarde viriam a ser convidados para uma famosa estância de férias em Peniche. O curso de Direito, esse, terminou-o com uma média de dezanove valores, o que lhe valeu a entrada no programa "O Juiz Decide", como consultor.

A exposição mediática que não teve levou-o invariavelmente ao Governo, onde viria a ser convidado a assumir duas pastas, uma Pepsodent e uma Couto. Durante três milhões e setecentos mil anos Salazar permaneceu na cadeira do poder - jogando a edição especial do Quem É Quem que tem as caras dos membros dos Slipknot - até a dita cuja inevitavelmente se escavacar. Essa peça de mobiliário, segundo consta, foi igualmente convidada a visitar Peniche, acabando por resultar numas estacas daquelas que servem para segurar tendas de campismo.

Wednesday 24 June 2009

When Tarantino Meets Broa de Mel

Tuesday 23 June 2009

Diáspora Portuguesa #1 - Senhora no Cabeleireiro






















Um cão pequeno e inofensivo aproxima-se gentilmente de uma senhora muito bem vestida, na casa dos 50, com uma beleza que remete ligeiramente para o marafona. O canito, com meiguice, dá-lhe uma lambidela simpática na canela e ela, com a delicadeza de uma carrinha de caixa aberta e com taipais, diz-lhe:
«Vai mas é lamber o caralho do teu patrão!»

Monday 22 June 2009

No Consultório de Hackenbush #1




















Se lhe diagnosticarem pé-de-atleta, não pense que pode bater o Nélson Évora no salto em comprimento.

O Jogo Mais Perigoso



















Dois drogados jogam mikado com agulhas infectadas de HIV.

Bombay TV - Bibi

Como se vem parar ao pénis...

Desde que tive a bela ideia de colocar ali o sitemeter do lado direito da página, tenho vindo a constatar que este blogue tem tido algumas visitas. Contudo, não se trata de algo adquirido por mérito próprio, mas antes consequência do blogue ter o nome que tem. Por conseguinte, aqui vai uma lista de coisas que algumas pessoas pesquisam no Google e que, por isso, vêm parar cá ao estaminé.

- penis do jovem principe ingles
- receita penis
- o pinto do bonitão
- avos cuidado involuntario
- beto vasconcelos foto penis
- pênis bonito
- penis
- se cortar o penis eu morro
- tamanho*supositorio
- penis bonitos
- fotos trombose peniana
- penes grande e fiar no cu
- como fazer o penis ficar bonito
- ver penis bonitos
- "penis de angelico vieira"
- quero ver fotos de penis humano
- penes de cornos
- eu acho penis bonito
- camisolas par de cornos
- um penis bonito.

Ufa. De salientar que a maioria das coisas que aqui estão foram pesquisadas no Google brasileiro, exceptuando "penis de angelico vieira", "penis bonito" e "camisolas par de cornos", que foram pesquisados no Google português. Todos estes dados podem ser verificados através ali do boneco do sitemeter, basta que lá carreguem. Não inventei isto, mas bem que gostava. É que se cortar o pénis eu morro. De trombose peniana.

Friday 19 June 2009

When Cid Meets Tarantino

Thursday 18 June 2009

Universo Paralelo











Se Moniz for eleito presidente do Benfica, vai substituir a estátua do Eusébio por uma da Paula Neves quando ela fazia o Anjo Selvagem.

Se eu não gostar de mim, quem gostará?



















Um tipo tem um amigo contorcionista que encontra a efectuar um fellatio a si mesmo. O contorcionista reage:
- Que é? Não tens amor próprio?

Wednesday 17 June 2009

Camões Benfiquista





























Os árbitros e assistentes assobiados
Que no colossal Estádio da Luz
Por penalties ao adversário assinalados
Mereceram viagem a Vera Cruz
Com iates e Ferraris comprados
Mais que a força monetária permitia
E num condomínio privado edificaram
Nova mansão, que tanto sublimaram

E também essas contas bancárias
Desses juízes, foram dilatando
A pé, é certo, nunca mais andaram
Por África e Ásia andaram passeando,
Aqueles cujas obras bem lucraram
Se vão das leis do Estado libertando:
Apitando espalham por todo o lado
Faltas que nem um cego via alcoolizado

Cessem do senhor Reinaldo e do Pintinho
As patifarias assim para o grandes que fizeram;
Cale-se de Zé Mourinho e de Pedroto
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre benfiquista,
A quem Vale e Azevedo gamaram.
Oiça-se o que Luis Piçarra canta,
Esta nação, a de uma águia bem pilantra

E vós, ó capitães de equipa, pois criado
Tendes em mim uma certa simpatia
Se sempre, for em golos, celebrado
Como tremoços e cuspo cascas contente,
Dai-me agora golo nada de especial
Que ainda irei de pronto ao meu quintal
Gritar que bonita foi esta jogada
E de resto vomitar entremeada

Deu-me uma fúria grande e sonorosa
E não de arroto leve ou flatulência
Mas de diarreia canora e belicosa
Que o peido acende e se lhe dá incandescência
Deu-me uma tal dor de barriga jeitosa
Gente, de me ajudar tenham a decência;
Senão aviso que cagarei o Universo
Com tudo o que não pude pôr em verso

Tuesday 16 June 2009

Um Touro ao Volante




















Boa memória é uma coisa que herdei de família. O meu pai, por exemplo, Armando Baraço, gostava de salientar todos os dias à hora de jantar as virtudes de uma boa memória. Ele lembrava-se de tudo - tudo mesmo - e em grande detalhe. Lembrava-se, por exemplo, da primeira vez que comeu um Kinder Surpresa e, por inexperiência ou puro desconhecimento, acabou por engolir também aquele recipiente de plástico que guarda os bonecos e é do tamanho dos supositórios utilizados por Cláudio Ramos.

Parte dessa faculdade do meu pai, tenho também eu, Vitorino Baraço, que acabo parvamente de me aperceber de que me lembro de quando fui á metrópole. Foi como se tivesse sido ontem, pena que tenha sido anteontem. Gostei como o caraças da forma simpática e atenciosa com que as pessoas me trataram. Recordo estar numa paragem de autocarro preparando-me para encher o bandulho quando um jovem roupido com umas calças de marca Resina e de tom de pele muito acastanhado que dá ideia de que vive num solário, muito atenciosamente, me apontou uma navalha que muito jeito deu para cortar um queijo de cabra Palhais que levava no farnel.

Pela cidade andei muito a penantes, cruzando-me inclusive com o famoso Aladino, que transportava a sua noiva enrolada no tapete de Arraiolos voador às costas e tinha um odor corporal que se situava algures entre o sovaco de mamute e o hálito a chamuça. Mas nem tudo foi mau. Nesse dia conheci um tipo que havia de mudar em quase nada a minha vida, embora eu não o soubesse. O sujeito chamava-se João Baptista Clemente, um taxista de 51 anos com uma particularidade: era bovino. Ao entrar no seu táxi apercebi-me de dois artefactos que lhe davam uma decoração digna de taberna miniaturizada e a motor: Em primeiro lugar, o seu portentoso par de cornos, e depois, um barrete de campino pendurado no espelho retrovisor que se encontrava devidamente decorado num padrão de sangue seco.

«Foi um forcado a quem limpei o sarampo» contou-me orgulhosamente João Baptista «Era um beto ali de Samora Correia, daqueles que os pais têm Land Rovers e penduram pullovers da Sacoor nos ombros. Não fiquei com remorsos»

Assim era João Baptista. A sua vida era uma lição para todos os touros que viviam no ostracismo do gueto que é a ganadaria. Ao contrário dos restantes bovinos machos, cuja vida passava somente por ganadarias, toureio e depois, matadouro, João decidira que aquele não era o seu destino.

«Sempre fui o mais rebelde da minha ganadaria. Gosto de me comparar com o Mico da Câmara Pereira. Ele achou que o fado não era para ele, e eu achei que o toureio não era para mim. Um gajo nasce como nasce, né? O Mico acabou por se tornar um grande músico rock e eu um grande taxista. Acho que, enfim, traçámos caminhos muito idênticos»

Nota-se no olhar de João Baptista claramente os olhos de um boi, mas de um boi transformado pela metrópole, um boi que abandonou os cascos e possivelmente recorreu a cirurgia para obter aquelas mãos humanas de onde se destaca o seu mindinho, onde deixou crescer uma fascinante unhaca que tanto pode servir para limpar o salão como a cera dos ouvidos como para coçar o cu quando as circunstâncias assim o justificam.

« O meu grande sonho pá» confidenciou-me «Foi sempre o taxismo. Esta coisa de ser parlapatão e distrair os clientes para demorar mais tempo a chegar ao destino, falar da bola, isso tudo, foi uma coisa por que sempre tive fascínio».

Mas a vida de João Baptista nem sempre foi um mar de rosas. No início teve dificuldades em adaptar-se.

«Quando vim para Lisboa foi complicado. As pessoas não estavam habituadas a ver um toiro ao volante, não havia abertura para isso. Havia muito ainda aquela ideia de que os toiros deviam era levar com farpas na lombeira, calar o bico e transformar-se em bitoques de novilho. Isso comigo acabou. Posso dizer que as pessoas começaram a pouco e pouco a ver-me com outros olhos, nomeadamente de vidro, depois de eu lhes vazar a vista com esta cornadura que ostento orgulhosamente»

João Baptista lamenta que, do sítio de onde vem, apesar do orgulho que tem nas suas origens, ninguém tenha ambição como ele teve, ou se tem, rara é.

«Sabe, o pessoal da ganadarias tem um grande problema, que é pensarem todos que só servem para dar cornadas e mais nada. Você vê nas corridas da TVI e isso, aquilo é lá vida?! Andam para ali a correr feitos parvos e a levar farpas no lombo e depois pumba, batem a bota. E com as vacas o assunto é o mesmo. A grande maioria quer é dar leite, que lhes andem a mugir as tetas o dia inteiro. De vez em quando há uma ou outra que, como eu, decidem ter uma vida diferente. Há aí agora uma que é cantora, aquela Luciana Abreu.»

E justifica o seu sucesso:

«As pessoas gostam de mim porque sou o único taxista de Lisboa que acelera quando vê um sinal vermelho, ao contrário dos outros, que mal vêem o verde já começam a abrandar.»

O tempo foge na companhia de João Baptista Clemente, talvez com o medo estereotipado de que este lhe dê uma valente cornada. Desde então, nunca mais conheci um tipo que fizesse tão bem o ponto de embraiagem quanto ele. O orgulho que demonstrava quer no seu par de cornos quer numa camisola do ex-jogador do Benfica Argel faziam dele uma figura deveras solene, que trazia reminiscências da grande besta que ele era. Seiscentos e setenta e dois quilos de peso, dez dos quais só nos genitais, oriundo da ganadaria José Maria Albuquerque Arruda de Vasconcelos. Nunca foi toureado, mas matou um forcado. E isso, meus amigos, ninguém lhe tira.

Monday 15 June 2009

Uma Cantiga para Joao Pelela

Para os moderadamente viciados em videojogos, particularmente em Pro Evolution Soccer, e que acompanharam o progresso das equipas portuguesas neste jogo, fica aqui uma canção que encontrei no Youtube que uns tipos espanhóis fizeram quando fumaram uma quantidade presumivelmente valente de estupefacientes. O tema é dedicado a Joao Pelela, jogador dessa grande equipa chamada Lisbonera, e é do caraças. Ando a cantar isto há dias, e nunca me canso.

Thursday 11 June 2009

Homofonias #1



















De forma um pouco mais modesta e menos parva do que deus, que criou tudo a partir do nada, inauguramos hoje neste blogue uma nova rubrica que dá pelo nome de Homofonias. Esta rubrica dedica-se essencial e inutilmente a encontrar em temas musicais de outros idiomas que não o português, frases ou expressões que pareçam mesmo em português ou que se a gente fizer um nadinha de esforço, acabam por parecer. Confusos? Acredito que sim. Passemos portanto ao primeiro exemplo de o que se quer como homofonia para esta rubrica, ou lá o que isto é. Trata-se de um tema do álbum First Impressions of Earth dessa banda chamada Strokes, que são uns gajos muita despenteados que gostam de parecer rebeldes. Acontece que, exactamente entre os quatro e oito segundos do minuto três deste tema o vocalista solta a seguinte frase: «a Amanda não deixa picar». Basta ouvir.

Esta homofonia foi-me indicada pelo meu caro Ricardo Silva.
Ah, e o tema é You Only Live Once. Coijo.

Wednesday 10 June 2009

Dead Ringers Strike Back













Nada melhor para acabar a trilogia de dead ringers que estes dois queridos.

Tuesday 9 June 2009

The Schmucks List
















Já que estamos numa de dead ringers, tinha de fazer referência ao facto de José Pinto Coelho, secretário-geral do PNR, ser a cara chapada de Count Zaroff, personagem interpretada por Leslie Banks em The Most Dangerous Game. Neste post, como o título indica, vou (não sei bem porquê) apresentar produtos que os militantes do PNR presumivelmente adquirem quando vão ao supermercado, produtos que não vão contra as suas convicções políticas:

- 1 garrafa lixívia Neoblanc;
- 1 pacote farinha Branca de Neve;
- 1 chocolate Galak;
- 1 pacote leite;
- 1 embalagem pães de leite;
- 1 dúzia de ovos (sem gema);
- 1 garrafa batida de côco;
- 1 Magnum branco;
- 1 embalagem de peitinhos de frango (carne branca);
- 1 cabeça de alho;
- 1 pacote de açúcar (mas não do mascavado).
- 1 garrafa vinho branco;
- 2 pacotes de esparguete, marca Nacional;

E o que um militante do PNR nunca compra...

- Bollycao (excepto se o recheio for branco);
- Chocapic duo (não se quer cá misturas);
- Bolo de Mármore;
- E quase me esquecia, Conguitos.

Tenho a plena noção de que este post foi um esterco, principalmente pela ofensiva comparação de Leslie Banks com Pinto Coelho. Sorry.

Sunday 7 June 2009

Wolverine à Portuguesa





















Ao primeiro podem faltar as garras, mas o segundo não tem SG Ventil. Pity.