Saturday, 26 February 2011
Friday, 18 February 2011
Ka-Lello Maria
Nascera quando no seu planeta se travava uma guerra terrível, que acabaria por trazer a completa destruição daquele sistema solar. Os Três Estarolas, liderados pelo general Fernando Chalana, chacinaram toda a população. Toda - claro está - excepto Ka-Lello, que havia sido enviado numa nave por seu pai, Jor-Nal, que tinha como destino o planeta Agostini.
Ali Ka-Lello passou a sua infância e cresceu sob a alçada dos pais adoptivos, Namíbia e Zigoto Ribeiro. Cedo estes começaram a perceber que nele havia algo de diferente. O facto de ter chegado numa nave em forma de pénis não era para eles coisa suficientemente espantosa. Ka-Lello - agora baptizado Claque Quente - parecia ter capacidades e poderes acima dos comuns habitantes de Agostini. Naquele planeta, tudo era feito e comprado por fascículos nos quiosques. Os seus pais adoptivos, por exemplo, tinham uma mesa de três pernas apenas na cozinha porque se haviam esquecido de comprar o fascículo que trazia a última perna, a 27 de março de 1979. Haviam no entanto improvisado, colocando ali ora um guarda-chuva, um cabo de vassoura ou um anão de pé a comer pistachios.
Ah sim, mas Claque Quente (ou Ka-Lello) nascera com a fascinante capacidade de obter os objectos por completo, sem precisar de os comprar separadamente por fascículos. Havia quem dissesse que isto tinha que ver com a sua fantástica capacidade persuasora - mas aqui entre nós, acho que se devia antes à brutalidade com que apertava os garganetos e volta e meia a tomatada dos sujeitos dos quiosques.
Aos vinte e três anos Claque Quente apaixonou-se por Luis Leine, jornalista da Dica da Semana. Com ele manteve uma relação homossexual até 8 de Janeiro de 1998, dia em que tirou da narina direita um macaco e o colou na nuca de uma senhora de idade. Tem herpes labial, mas até ver, vive feliz.
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Sunday, 13 February 2011
Wise Men
Se os reis magos se chamassem Bibi, Carlos Cruz e Farfalha o novo testamento tinha duas páginas.
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Natalício III
Tenho um unicórnio no meu presépio porque aprecio o realismo.
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Natalício II
No presépio porno a Cicciolina fica debaixo do burro.
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Époque Nátálaisse
Gosto tanto do Natal como de entalar o escroto num passe-vite.
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Per Capita
A guilhotina foi daquelas invenções de perder a cabeça.
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Casa Piano
O Bibi passou ao lado de uma grande carreira como Pai Natal de shopping.
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Darwinismo
Bactérias encontradas pela NASA confirmadas como organismo inteligente - nenhuma delas ouve Justin Bieber.
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Coração
Last christmas I gave you my heart - agora tenho um pacemaker.
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Pedo
Os telescópios do Vaticano estão sempre apontados para a Ursa Menor.
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Guerra das Estrelas
No Star Wars os ecologistas têm sabres laser a energia eólica.
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Horselover
Diferença entre Tróia e a Cicciolina? Não há. Ambas deixaram entrar o cavalo.
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Fight Club
Só há uma maneira de acabar com a violência doméstica - meter as gajas a treinar com a Telma Monteiro.
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Thursday, 10 February 2011
Diário de Estraminador #2

Querido Diário, come with me if you want to live.
Não? Então tá. Olha, a Scainéte mandou-me outra vez ao passado limpar o sarampo ao Jóne Cónâr, mas falhei. Não é que me distraí na montra de uma loja de televisões a ver uma repetição do Big Show Sic? Epá, 'tava ali montado um belo programa, porra, há que admiti-lo. João Baião sob o efeito de estupefacientes, Macaco Hadrianno, bailarinas russas com celulite, Dj Pantaleão, Ediberto Lima e Carlos Castro no júri? Que é que os humanos queriam mais?
Não via um programa tão culturalmente rico desde... bem, a verdade é que eu nunca tinha visto um programa de televisão. Mas Diário, a parte melhor foi sem dúvida quando entraram os D'Arrasar a cantar o seu "Rainha da Noite". E aí não fui capaz de me conter - e bati o pé. A sério. Há dias assim. No fim de contas, acabei por levar um raspanete por não ter matado o Jóne Cónâr, mas sabes como é, quando se vai ao passado há tanta coisa estúpida para ver que nem apetece a uma pessoa incorrer na prática do homicídio.
Não via um programa tão culturalmente rico desde... bem, a verdade é que eu nunca tinha visto um programa de televisão. Mas Diário, a parte melhor foi sem dúvida quando entraram os D'Arrasar a cantar o seu "Rainha da Noite". E aí não fui capaz de me conter - e bati o pé. A sério. Há dias assim. No fim de contas, acabei por levar um raspanete por não ter matado o Jóne Cónâr, mas sabes como é, quando se vai ao passado há tanta coisa estúpida para ver que nem apetece a uma pessoa incorrer na prática do homicídio.
Al bi béque
Jokas****
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Friday, 4 February 2011
Inimigo Imaginário #3

Há dias pensei no Vítor Barraca que andou comigo nos sexto, sétimo e oitavo anos. Lembras-te dele? Sim, de facto, é difícil apagar da memória uma personagem daquele calibre, com um hálito de fazer inveja ao Godzilla. Era um tipo sempre disposto a ajudar, normalmente violentando os ombros dos outros colegas com valentes murraças. Hoje em dia, com todas as modernices que existem, chamar-lhe-iam "bully". Mas o estrangeirismo não assentaria nem seria capaz de descrever tudo aquilo que o Vítor representava. Aquele suor hediondo, a fraca literacia e o sorriso que deixava antever umas gengivas que aparentavam padecer de escorbuto, nada disso cabia na palavra "bully". Porque o Vítor não era apenas o "bully" clássico dos filmes, que violenta, oprime e chantageia.
Quer dizer, ele fazia isso tudo, mas aproveitava para chatear os outros e volta e meia, cuspir. Digo cuspir naquele sentido de o Vítor ser incapaz de falar sem soltar no ar humildes gafanhotos de cuspo. Já quanto a cuspir mesmo, isso era mentira. Uma vez, lembro-me agora, ficou com o cuspo preso no queixo - muito à semelhança do que aconteceu ao Pillas-Boas aqui há tempos. Mas coisa que o Vítor tinha de bom era uma assinalável pontaria, que dava bastante jeito em singelas e mundanas actividades, como atirar calhaus às pessoas.
Sabes que super-poder sempre desejei? Aquele que o Quénu Ríves tem no Má Trics, de parar as balas antes de ser esburacado. Iria usá-lo não para parar balas mas para pôr termo aos perdigotos com que o Vítor nos atingia na face. Que saudades desses tempos, de ver o Vítor chafurdar na lama cada vez que chovia. Não era bom nem mau, sabes? Nos tempos áureos do cavaquismo, era o que havia. Mas cada vez que nisso penso, aperta-me o coração, os olhos enchem-se de lágrimas e as calças de uma urina alaranjada.
Uma memória que tenho bem vívida desses tempos foi quando, num intervalo da manhã, o Vítor manifestou a sua inteligência. Dirigindo-me a ele em tom de ofensa, disse, "És mesmo heterossexual!". Indignado, o Vítor perseguiu-me por toda a escola, não descansando até me esmurrar os ombros de modo prazeroso. Quando lhe expliquei o significado da palavra "heterossexual", soltou um "ah!" e foi-se. Boa cena, dirias tu. Mas não, deixas-te ficar caladinho, a fazer de conta que não existes e o caralho.
O passado já não volta; nunca voltou. E ainda bem, sabes porquê? Porque não sei se aguentaria visionar novamente todos os episódios da novela Anjo Selvagem. Aquilo, parecendo que não, maçava.
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