Como tal, aos treze anos decidiu enveredar pelo mundo do crime. Começou como carteirista, fazendo depois alguns assaltos à mão armada. Terminou na política. Numa acção de recrutamento do PTP (Partido Tachista Português), juntou-se à juventude partidária do mesmo e notabilizou-se no assalto ao erário público. Em 1992, foi convidado a pertencer ao governo de Verosímil Antunes, como ministro do Turismo. Segundo o secretário-geral do partido, Autoclismo Ribeiro possuía as habilitações necessárias para o cargo - o décimo-segundo ano completo de praia e um primo em Peniche.
A sua passagem no sector do Turismo foi reconhecida pelos analistas - entre os quais o professor Mamaçal - como uma das melhores da história do país. Investiu em viagens para os seus filhos a Angola, Moçambique e Serra Leoa; para os seus primos numa volta ao mundo em 365 dias e para os contribuintes numa volta ao bilhar grande.
Em 1997, após ser apanhado a conduzir sob o efeito de Claudisabel, agrediu um agente da autoridade com uma cana de bambu. O agente em causa viria a falecer setenta anos mais tarde, vítima de arterosclerose dupla com tendência a triplicar.
Já no ano 2000, Autoclismo viria a constatar finalmente estar na posse de uma pança que o impedia de visionar a pila. A nostalgia e saudade geradas por estes acontecimentos levaram-no ao vinho tinto e eventualmente às casas de putas. Numa rusga da Judite Policiária, em 2002, Autoclismo Ribeiro foi apanhado a conversar com um árbitro de futebol. Viria a falecer em 2006, após escorregar no tapete da casa de banho e bater com a nuca no bidé.
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