Lembras-te, meu caro, quando eu achava piada ao Nuno Graciano? Sim, de facto já lá vão uns anitos desde que o cocó deixou de constar da minha alimentação. Felizmente que me deixei disso e, na adolescência, me dediquei a uma actividade bastante mais proveitosa: a masturbação. É. Tudo começou quando o Filipácio Pirata me contou que andava, nas suas palavras, a "esgalhar o pessegueiro". Deveras bonito. Como resultado, "bilhar de bolso", "esticar as peles", "espancar o macaco" e "aquecer o salame" foram alguns dos belos sinónimos que aprendi para esta singular e muito útil actividade. Fazem amanhã quinze anos que me iniciei nisto. Desde então que, uma vez por dia, me dedico a espalhar semente por meias da raquete rotas das unhacas. Pouco higiénico, dirão alguns. Artístico, digo-o eu.
Há algumas décadas, padres (e outras pessoas com hálito putrefacto) insistiam que "bater uma" (eis mais um belo sinónimo) cegava. Tentavam mesmo convencer algumas pessoas de que a modalidade fazia pêlos nas palmas das mãos. Nesta questão só posso falar por mim, e estou em condições de revelar que ainda não notei merda nenhuma. De certa forma, parece-me até caricato acreditar que um tipo se transforma num lobito adolescente - tal qual Michael J. Fox sem Parkinson - por causa de aquecer o salame. Mas pronto, quem acredita em virgens que dão à luz, acredita em tudo.
Se abdicarmos do pouco tempo que dispomos para pontapear velhas e pensarmos um pouco, com isto do bilhar de bolso já matei mais gente que o Hitler. Parece-me então justo afirmar que cada meia da raquete pode encerrar, em si, pequenos holocaustos - o que me coloca no interessante patamar dos assassinos em massa, junto a Hitler, Estaline e Roberto Leal.
O Nuno Graciano nunca teve piada, eu sei. Mas o Camilo também não - e é vê-lo, todo pimpão, a apalpar gajas com menos 50 anos que ele. Chama-lhe parvo.
Há quem, inclusive, me tenha tentado convencer de que o Nuno Graciano dava um bom actor para o filme do Hitman. Era algo que tinha gosto em ver. Isso ou vê-lo ser esbofeteado por uma pila africana.
Talvez um dia, quem sabe, estes sonhos se tornem reais. Até que nem era mau.
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