Monday, 19 September 2011
Wednesday, 14 September 2011
Lições para a vida, por Lello Minsk
"Se bates com a carola na parede
Por uma mulher
Não partas mais a tola, mata a sede
Com outra qualquer."
Quero mais é que o romantismo se foda.
Por uma mulher
Não partas mais a tola, mata a sede
Com outra qualquer."
Quero mais é que o romantismo se foda.
Sunday, 11 September 2011
Friday, 9 September 2011
Ego sum rex Romanorum et super grammaticam
"Let grammar rule the man
who doesn't know how to think what
he feels. Let it serve those who are in
command when they express themselves."
Bernardo Soares
(Isto a propósito de pessoas que gostam de corrigir os outros)
who doesn't know how to think what
he feels. Let it serve those who are in
command when they express themselves."
Bernardo Soares
(Isto a propósito de pessoas que gostam de corrigir os outros)
Thursday, 8 September 2011
Pocket Billiards strikes back
O Estado não quer comparticipar a pílula, as pessoas não querem ter filhos... Bem-vindos à década do bilhar de bolso.
Esfrega esfrega
As pessoas que fazem limpezas são no fundo praticantes de curling que passaram ao lado de uma grande carreira.
Metal pesado
Tenho um grande sonho na vida, que é ir ao santuário de Fátima com uma t-shirt de Slayer vestida.
Funny stuff
Coisas tristes e ao mesmo tempo engraçadas: uma nota de suicídio com erros ortográficos.
Não posso mais
Não querendo espalhar boatos, acho que o Gaddafi se escondeu em 1994 num vídeo do Pedro Abrunhosa.
Victor Von Doom
O Vítor Gaspar devia falar ao país apenas às 21 horas de cada dia, para adormecer as crianças, como o Vitinho.
Tacsi Draiva
O taxismo é aquela doença que leva uma pessoa a demorar quinze minutos de carro para chegar a um sítio que fica a cem metros.
So much for evolution
Podem dizer o que quiserem dos Neandertais, mas os tipos não tinham programas de apanhados.
Cry Baby
Ricardo Carvalho e a escola Mourinho: se não sou o número um ou faço birra ou enfio dedos nos olhos das pessoas.
Desperdício
Tanta gente a passar fome e um clube de futebol gasta um milhão de euros no Postiga. Não há direito.
Almas gémeas
Os casamentos perfeitos no Facebook seriam entre as raparigas que tiram foto com telemóvel ao espelho e os rapazes com fotos em tronco nu.
Rock you like a fico sem escroto
O furacão Irene foi a maior catástrofe a atingir Nova Iorque desde o Carlos Castro.
Esteves Empregos
A Apple ficou sem o Papa deles. Peregrinos já se dirigiram à loja mais próxima para rezar o iTerço.
Tha Pope
O Papa é em tudo uma espécie de rapper: anda carregado de bling-bling, tem um carro todo tuning e vê as gajas como umas "bitches"
Madeira
O Alberto João é uma espécie de filho estroina que fode o dinheiro todo e depois pede aos pais.
D'Arrasar
O Mário Crespo podia juntar-se com o Santana Lopes e mais dois gajos e faziam uma boys band.
Sundays Bloody Sundays
Ponto da situação: o Domingos é aquele gajo que chegou tão longe na Liga Europa como o Peseiro.
Toda a verdade
Diria que 90% das pessoas não sai do Facebook porque é a única forma de saberem quando os amigos fazem anos.
Estique Lá Piss
O Gerard Depardieu mijou no avião? Grande coisa, ao menos não bebeu o mijo a pensar que era poção mágica do Obélix
O drama. O horror.
Queria aproveitar para chamar a atenção para esse grande flagelo da sociedade que são as pessoas que usam sandálias com meia. Branca.
Mocidade, mocidade
Quem devia também ir às jornadas da juventude a Madrid era aquele senhor de kispo vermelho que tinha uma carrinha.
Efeitos especiais
O Pedro Leandro é um boneco do Madame Tussauds, aquilo da boca a mexer é tudo feito a computador.
Energia para morrer
O aumento da luz e gás é uma versão do Plano de Emergência Social para os desfavorecidos que vendem os combustíveis.
Action Cómicos
Super-heróis portugueses: um sujeito que apesar de ter bebido dois litros de vinho acha que conduz muita bem.
License Pleite
Qual a semelhança entre um veterano universitário e a frota de carros do governo? Ambos têm para cima de doze matrículas.
Friday, 2 September 2011
Inimigo Imaginário #5

Lembras-te pá, quando jogávamos Pro Evolution 4 naquelas tardes de Agosto com quarenta graus lá fora, temperatura essa que quase dava para grelhar um bife no capô dos carros?
Era deveras giro.
Só abandonávamos o vício em última instância, quando a minha mãe saía da cozinha disparada e armada com um pau, ameaçando atingir-me o lombo com singelas cacetadas.
Toda a gente ia à praia naquele ano, à conta de empréstimos bancários e cartões de crédito, é claro, com as calças do meu pai sou eu um homem. Tudo na praia e eu entre esplanadas e vindimas, tendo que me contentar com um simples bronze à trolha. Não que haja grande problema em ter um bronze à trolha, sobretudo quando de casa não se sai ou se sai de casa apenas à noite; pior é quando se decide ir à praia e dos ombros para baixo se fica com o aspecto de estar a usar mangas compridas de pele de uma pessoa que vive nos trópicos.
Mas talvez fosse sensato voltar ao Pro Evolution.
As tardes que eu passei naquela merda, pá, com a minha mãe a tentar convencer-me de que talvez fosse melhor ir lá para fora com quarenta graus, porque ao menos apanhava um solito e este ano nem à Foz do Arelho ias molhar o pé, quanto mais passar férias.
A minha equipa favorita fora sempre a Lisbonera, versão não autorizada do Benfica. Era uma espécie de equipa de uma dimensão paralela, e isso fascinava-me. O tosco do Ricardo Rocha era o Richa Rossa, o Manuel Fernandes chamava-se Mahelnandes e o malogrado Mantorras transformava-se no virtuoso Malyorras. Para mim, jogar com o Malyorras era poesia.
Uma pessoa olhava para o Mantorras da vida real e via aquele pobre sujeito, um jogador promissor que fodeu um joelho e a acabou-se-lhe a carreira ali. Podia ter sido um novo Eusébio, melhor que o Eto'o ou pelo menos tão bom quanto ele; um jogador de classe mundial. Mas não quis o destino que assim fosse.
Mas no universo paralelo do Lisbonera, Malyorras era rei, e aí residia para mim a poesia da coisa. Poético em termos verdadeiramente portugueses, da apreciação, beleza e choraminguice das coisas que nunca foram e podiam ter sido. Dos amores que se desejaram e não tiveram, dos caminhos que não se percorreram, dos mantorras que não se lesionaram. Como nem todos os Mantorras se tornam grandes jogadores, nem todas as sementes de macieira se tornam árvores. No entanto, ambos não deixam de ter em si as qualidades para tal.
E nesse universo outro estava então Malyorras, no outro lado do espelho.
O que jogava noventa minutos, marcava e ganhava troféus - tudo o que o verdadeiro vivia apenas na sua imaginação. E a realidade virtual, apesar de imaterial, não deixava de ser gloriosa e confortante.
Como vingança, no Lisbonera, Malyorras brilhava. Por pouco tempo, mas não importava.
É que nesse jogo, até o Postiga era bom jogador.
Já na realidade real, a história é bem outra.